sábado, 18 de junho de 2011

Historia de Mortes Violentas durante a Colonização de B.Ferraz

    O Município teve uma colonização tranquila, mas como em todo lugar aqui também teve algumas mortes poucas explicadas, tais como:
- A morte do agricultor Ulisses, esposo da professora Jozélia, na estrada do Baixadão, uma morte feita por tocaia com um tiro de espingarda. Quando criança o autor deste blog escutou pessoas adultas já falecidas que o crime não teria sido esclarecido porque testemunhas foram impedidas de irem ate o fórum de Campo Mourão para denunciar o mandante do crime,pois segundo relato o mandante era pessoa muito importante no distrito, mas não lembro o nome destas testemunhas e nem do mandante.
- Também teve a morte do delegado de Policia senhor José  Meira, morto no período da noite em sua residencia, crime praticado por um senhor chamado Heitor, que após o crime conseguiu escapar da policia de Barbosa Ferraz e também de Campo Mourão e o criminoso na época deixou recado para a policia que se quisessem pega-lo poderiam ir na Fazenda do Governador de São Paulo senhor Ademar de Barros, e ate hoje o criminoso não foi pego, mas o motivo do crime segundo o próprio criminoso dizia era que o delegado havia prendido a sua esposa quando ela estava lavando roupas devido a ela ter falado coisas da vida de terceiros, mas a referida senhora prisioneira tinha uma criança que ainda era amamentada nos peito e a criança chorava muito de fome e o delegado não deixava a mãe alimentar a criança e por isso o senhor Heitor o matou, este relato o autor deste Blog escutou do próprio criminoso que antes do crime estava comentando que ia matar o delegado e a criança (eu) avisei o meu pai que disse que o Heitor não matava nem uma galinha, mas ele matou sim.
- Outro crime, foi do delegado  senhor Henrique, morto  pelo soldado conhecido como Boneco, mas o fato do crime foi o inverso do primeiro pois o referido soldado tinha prendido uma senhora mãe de uma criança e ficou com as chaves do presidio de madeira na primeira delegacia de Barbosa Ferraz, e o delegado foi pedir as chaves ao soldado que se recusou a entregar as chaves da cadeia e os dois entraram em luta corporal e o delegado derrubou o soldado e esta batendo nele e o soldado que se encontrava por baixo  delegado puxou de um punhal e o enfiou diretamente no coração do delegado que morreu na hora, dai o policial fugiu e se escondeu debaixo da cama de uma pessoa hoje aposentada em Barbosa Ferraz e pela madrugada pegou carona num caminhão de cereais que saiu pela madrugada para levar cereais a Maringá e no trevo de Fênix o caminhão foi parado por  outro militar chamado de José Soldado que já tinha trabalhado e era muito querido aqui em Barbosa Ferraz, e o mesmo prendeu o seu colega de farda o qual ficou preso por pouco tempo e ainda recebeu uma promoção para cabo. Este crime ocorreu na esquina da Rua Marechal Deodoro esquina com a Rua Santa Catarina, bem no centro da cidade no período da noite.
- Outro crime que chamou a atenção naquela época foi a morte de um senhor chamado de Capichabinha, homem encrenqueiro e violento que vivia brigando e batendo em muita gente na cidade. O motivo do crime foi que este capicha binha resolveu fazer uma serenata em frente a delegacia para provar o soldado que também era muito valente e se dizia ser o dono da cidade. Após a serenata o referido Capichabinha foi para um bar que ficava perto da hoje rodoviária, logo após ele chegar ao bar o policial chegou atras e perguntou em voz alta: QUEM FOI QUE FEZ SERENATA EM FRENTE A DELEGACIA ? Dai o tal do Capichabinha respondeu ser ele o autor de tal façanha, dai o soldado disse ao Capichabinha: Voce  esta Preso ! Dai este tal de Capichabinha que era também lutador deu uma pesada no rosto do policial que revoltado deu quatro tiros no peito do Capichabinha que imediatamente foi socorrido pelo agrimensor Gilberto Sujos, mas o mesmo vei a óbito antes de chegar na saída da cidade.
- Outro fato não de morte mas de violência, aqui em Barbosa Ferraz tinha um tenente chamado Aparecido e um soldado que não me lembro o nome, eles gostavam de patrulhar a cidade e a zona rural montados em cavalos, porem, um certo dia apareceu aqui na cidade um soldado que estava destacado no distrito de Pocinho e ao chegar aqui o tenente lhe informou que era para ele sumir da cidade e se apresentar no destacamento de Campo Mourão, o soldado revoltado coma transferencia agrediu o tenente fisicamente e o outro soldado amigo do tenente  entrou em defesa de seu amigo e os dois apanharam do soldado do Pocinho que inverteu as condições e mandou o tenente embora da cidade juntamente com o seu amigo soldado e o delegado da época senhor Valdemar de Lima Amorim apoiou o soldado do Pocinho que a partir desta data assumiu o comando da delegacia de Policia de Barbosa Ferraz junto ao Delegado Valdemar de Lima Amorim, que era uma pessoa respeitada na cidade e veio depois a se candidatar a vereador e teve a segunda maior votação na época. Anos depois com a criação do Batalhão de Policia de Foz do Iguaçu, este tenente ja era Coronel e se tornou comandante deste Batalhão.
- Também naquela época foi encontrado um corpo não identificado entre as madeiras da serraria do Quincas acima da serraria no deposito de madeira onde hoje se localiza a residencia do senhor José Carlos da Farmácia.
- Outro caso não explicado por volta dos anos de 1953, no bairro São Judas, na beira do Rio Corumbataí o senhor Osvaldo José de Almeida, subiu rio acima de canoa para buscar algumas cabeças de porcos comprado pelo seu patrão na safra de porcos do senhor Manoel Gustavo pessoa muito brava e com fama de violento, chegando a casa do senhor Manoel Gustavo o dia estava acabando e a noite chegando e o senhor Osvaldo viu uma mina D'Água e foi beber agua e dai ele sentiu um cheiro ruim e observou entre o mato envolta da mina de uns braços estendidos na beira da mina e ele foi ver quem era e encontrou um corpo estendido ao chão, o mesmo pegou os porcos colocou na canoa e veio embora para o sitio de seu patrão sem comentar o que tinha  visto perto da mina d'Água do senhor Manoel Gustavo .
Todos estes casos ocorreram entre os anos de 1952 a 1958.

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