DEDO DE PROSA - FALAREMOS SOBRE OS PRIMEIROS COLONIZADORES DE BARBOSA FERRAZ-PR, A TRABALHAR NO RAMO DE CARNES ( AÇOUGUEIROS) ENTRE OS ANOS DE 1950 ATÉ 1961 ):
Vários foram os pioneiros que iniciaram no ramo de vendedores de carnes ou de açougueiros. Inicialmente começaram com o abate nas residências ou na zona rural. A principio no ano entre 1950\51, quem vendia carnes no patrimônio era um safrista de nome Manoel Gustavo, que tinha suas terras a beira do Rio Corumbataí, no bairro de São Judas Tadeu, na divisa com o distrito do Luar. Certo dia em 1952 , o mesmo trouxe para a cidade 6 cabeças de porcos vivos, para ser vendido no patrimônio, e os porcos foram comprados pelo senhor PRIMO BATISTA COLOGNESE, e logo após comprar os porcos o senhor Primo, encontrou o senhor Guido Balbinotti, e disse a ele sobre a compra dos porcos, pois os dois eram vizinhos e conterrâneos, além de grandes amigos. Porém, o senhor Guido convidou o senhor Primo para eles montaram de sócios um açougue, que não havia no patrimônio, então o Primo aceitou o convite e logo começaram abatendo os porcos recém comprados. Naquela época não havia bois a serem vendidos para o abate no Município ( patrimônio), então eles compravam bois no Município de Iretama na região da água Quente, depois foram aparecendo aqui em Barbosa Ferraz, alguns animais bovinos a serem vendidos e eles foram ampliando os negócios, era uma vida trabalhosa e muito dificil mas estes heróis pioneiros não desanimavam. Depois o senhor Guido, resolveu vender sua parte do açougue para o senhor Guido colete, E eles montaram o açougue no porão da residência do senhor Guido Colete, próximo onde é hoje o Banco Sicredi e ex-Bamerindus. Certo dia depois o senhor Guido Colete, aceitou um grande negócio oferecido pelo senhor Dorli Polhmann, para comprar o açougue de sócio com o o Sr.Primo Colognese., e eram grandes amigos, mas um certo dia o senhor Dorli disse, que queria ir embora urgente de Barbosa Ferraz, e ofereceu vender sua parte fiado ao senhor Primo, porém, o comprador teria que assumir uma divida que ele tinha com o senhor Emille Gonzales, eram dez pequenas notas promissórias e assim foi feito, estava incluindo ai a casa, onde morava o Primo e hoje mora o seu filho Leoni e o açougue era numa casa de madeira a frente da casa ( onde é a floricultura ), e próximo a residência, depois o senhor Primo construiu outro prédio de alvenária a frente de sua residência e o antigo açougue era deposito e chegou um tempo que o açougue chegou a ter guardado até 550 latas de 20 litros de banha de porco que depois foram vendidas em outros Municípios. Depois o senhor Primo sempre procurava ajuda em seu árduo trabalho, algumas vezes chamava o senhor Braz Dias ( Braizinho), o qual distribuia os miúdos ao ajudando para eles distribuir as pessoas que necessitassem. Também outro vendedor de carne passou a apoiar o senhor Primo quando necessitava que era o senhor José de Souza, que na época tinha o cavalo mais bonito da localidade e morava na esquina onde tem a feira do Produtor e onde havia uma mina D' água que abastecia quase toda a cidade. Outro açougueiro era o senhor Arlindo Bergamin, que tinha um ótimo açougue, onde é hoje o escritório do Aderbal e antigo consultório dentário do Dr.Pereira, depois ele foi embora para Juina-Mt. No entanto já no inicio da década de 1960 outro açougueiro começou no ramo de açougue era o senhor SERGIPE, mas que não lembro o nome completo dele, depois o mesmo foi embora para o Estado do Acre, segundo informações, sendo que o açougue do mesmo era onde tem aquela casa abandonada ao lado da rodoviária, depois foi vendido ao senhor Joel. E estes foram os primeiros a trabalhar no ramo de carnes e açougues.. O primeiro matadouro de porco e bois foi onde é hoje a casa do senhor Moacir Belinatto, no centro da cidade, depois foi transferido para a beira do Rio das Lontras, logo abaixo da pinguela que vai para a casa do Zé Guarda e bairro do Bandeira, logo depois foi transferido para a beira do Rio das Lontras, proximo ao afluente dos Rios Lontras e São Joaquim, onde abaixo era a chácara do senhor Arlindo Bergamin. Depois disso foram criados muitos outros açougues e até revenda em supermercados e teve ate abatedouros em locais diferentes, mas os aqui acima citados aconteceu no período da colonização, os demais açougues e vendas de carnes aconteceram já na época em que o distrito já era município. Teria mais a contar, mas por hoje estou contando esse DEDO DE PROSA, para levar um pouco de nossa colonização e de nossos verdadeiros heróis desta terra querida.
NELSON CARLOS FERREIRA - Contador de histórias da colonização de Barbosa Ferraz-Pr